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15 julho 2007

NO PRIMEIRO DIA DO PAN

Brasil encontra o pódio, mas não o ouro no primeiro dia do Pan
Bruno Doro
Enviado especial do UOL
No Rio de Janeiro
O desempenho brasileiro no primeiro dia dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro surpreendeu. Em casa, os atletas verde-amarelos usaram o apoio da torcida, jogaram com os gritos da galera e conquistaram várias medalhas. Nenhuma, porém, foi de ouro.

Neste sábado, quando as primeiras finais dos Jogos foram disputadas, brasileiros subiram ao pódio sete vezes, sendo cinco pratas e dois bronzes. O número é expressivo se comparado com o desempenho dos norte-americanos, os grandes bichos-papões da história do Pan, que conseguiram oito medalhas no dia.

O número é maior até mesmo do que Cuba, tradicional rival norte-americano no quadro de medalhas ao final dos Pan-Americanos. Até agora, a ilha de Fidel conquistou apenas duas medalhas - um ouro e um bronze. O Canadá, grande rival brasileiro, também ficou para trás no número total, com três pódios.

O lugar mais alto do pódio, porém, acabou sendo um privilégio norte-americano. Das oito medalhas de atletas da terra do Tio Sam, cinco foram de ouro, com duas pratas e um bronze. E um desses ouros foi especialmente dolorido para os brasileiros.

Quando Poliana Okimoto entrou correndo nas águas da praia de Copacabana para a maratona aquática, a maioria dos especialistas esperava que ela saísse em primeiro lugar, ganhando não só a primeira medalha brasileira no Pan do Rio, mas o primeiro ouro. O primeiro lugar, porém, ficou com uma norte-americana de 15 anos Chloe Sutton. Na prova masculina, Alan do Carmo conseguiu o bronze.

A sensação de quase ficou na boca dos brasileiros durante todo o dia, mais ou menos como aconteceu nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000. Na ocasião, apesar de favoritos como Rodrigo Pessoa, do hipismo, Robert Scheidt, da vela, ou o futebol masculino, liderado por Luxemburgo, que não chegaram ao ouro, a delegação brasileira voltou ao país sem primeiros lugares.

Gosto amargo também teve a prata de Márcio Wenceslau, do taekwondo. Menos conhecido do que a campeã mundial Natália Falavigna, Márcio foi vice do mundo em 2005 e era apontado pela comissão técnica como ouro quase certo. "Foi uma luta polêmica. Perdi. Paciência", disse o atleta, que saiu chorando após a derrota para o dominicano Gabriel Medeiros.

Nem todas as pratas foram derrotas. O maior exemplo disso veio no meio do mato, no Morro do Outeiro. No mountain bike, os torcedores acordaram com a decepção de Jaqueline Mourão, que tentava ser a primeira medalhista brasileira do Rio 2007 - sua prova acabou minutos antes da maratona aquática -, mas acabou em quarto. Mas deixaram o local empolgados com Rubinho.

Mineiro de 27 anos, Rubens Donizete Valeriano surpreendeu na trilha montada na floresta do Outeiro e terminou em segundo lugar. Prêmio merecido para quem passou anos tentando se dedicar ao esporte, sem muito sucesso, e só no ano passado conseguiu chegar ao profissionalismo. Pior: a dias do Pan, ele não fazia parte da equipe brasileira. Foi uma inclusão de última hora, no lugar de Edvando Cruz, vice-campeão pan-americano em Santo Domingo-2003.

"Já desci no final não acreditando. Tava achando que um quarto, quinto lugar estava ótimo. Mas a prata foi demais. Não estava esperando esse prêmio. Os americanos e canadenses são muito fortes", disse o ciclista.

Quem também saiu comemorando, mas com um bronze, foi o esgrimista João Souza, primeiro brasileiro medalhista pan-americano da modalidade desde 1975. "A ficha está caindo, estou feliz e orgulhoso, mas vem mais medalha por aí", avisou.

Na ginástica masculina veio outra prata, igualando o resultado de 2003. O resultado foi uma mistura de emoções. Felicidade por ultrapassar os Estados Unidos, mas decepção por não ter conseguido bater Porto Rico, que levou ouro inédito na modalidade.

"Vimos no final que tínhamos chance de ouro. Claro que não dá para ficar desapontado com um segundo lugar, mas fiquei um pouco triste, pois a diferença foi muito curta. Temos felicidade pela prata, mas ficamos muito próximos", disse Diego Hypólito. O Brasil ficou atrás por três décimos.

O dia terminou com a ginástica artística feminina, que sintetizou as primeiras 24 horas de finais do Rio 2007. Sempre confiáveis, as norte-americanas erraram pouco e ficaram com o título geral por equipes. Em evolução, o Brasil levou a prata, melhorando uma posição em relação ao último Pan.

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